É um símbolo e identidade, cultura e história, e não se ouve igual música em mais outro lugar.
Se o ‘Portugal do Brasil’ tem choro para melhor ter samba e o ‘Portugal de África’ tem morna para melhor batucar e dar que fazer às ancas, porque há de um país solarengo e de tantos atributos festivos fechar os olhos, cantar desgraças e suspirar saudades? Mas, quase sempre quem nos visita entra no ‘ambiente’ e partilha mesmo uma ou outra lágrima furtiva.

O Fado teve origem no sec. XIX, manifestando-se de forma espontânea na rua e nas tabernas da cidade, tendo sido inicialmente associado a ambientes marginais e boémios.
Nos últimos anos, o fado reinventou-se e teve um ressurgimento semelhante ao da cidade que o originou.
As Casas de Fado vivem hoje em restaurantes da capital, mas Lisboa fora, em tabernas ou sociedades recreativas, canta-se o mesmo fado.
É algo romântico pensar que nos dias de hoje um passeio pelos bairros de Lisboa garante uma voz de FADO para lá das janelas.
E, claro, para ficar a saber tudo sobre o assunto, uma visita ao Museu do Fado, em Alfama, é paragem obrigatória. Regularmente junta-se ali gente em silêncio para ouvir cantar e tocar estas toadas de saudades. De noite, como é de tom e é onde mora o FADO.

“O que interessa é sentir o fado. Porque o fado não se canta, acontece. O fado sente-se, não se compreende, nem se explica.“ dizia Amália Rodrigues.

E enquanto não tiver oportunidade de o escutar ao vivo, fica aqui uma playlist especialmente selecionada para servir de introdução a este género musical.

 

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